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O Claudenilton Caetano, que é transplantado renal, a sua esperança de recomeço
estava bem ao seu lado, pois a esposa foi sua doadora.

    Nessa segunda-feira, 27, dia Nacional da Doação de Órgãos, a Sesau (Secretaria de Saúde) alerta a sociedade sobre a importância de o assunto ser tema de diálogo mais frequente no lar. A causa é extremamente nobre e pode salvar vidas, no entanto a doação ainda não faz parte das muitas conversas familiares, por isso especialistas alertam para a importância de a família conhecer o seu do desejo de ser um doador de órgãos e salvar vidas.

    Em Roraima, desde de 2018 a CET (Central Estadual de Transplantes), vem realizando as primeiras captações de órgãos. Graças ao trabalho realizado nos anos seguintes, os desafios técnicos e logísticos foram superados, permitindo a captação de 18 órgãos e tecidos (córneas, rins e fígado).

    De acordo com o coordenador da Central, Dr. Douglas Teixeira, qualquer pessoa pode decidir ser um doador de órgãos, sendo que em momento oportuno serão avaliadas a viabilidade e a compatibilidade do doador, permitindo assim que a captação e transplante aconteçam. Porém a tomada da decisão é o primeiro e fundamental passo a ser dado.

    “Em situações específicas é possível ser um doador em vida, sendo mais frequente a doação de um dos rins para um familiar que necessite do transplante. Porém a maioria dos órgãos doados, são captados em caso de morte por lesões encefálicas após expressa autorização da família.”, explicou o coordenador.

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O coordenador da Central Estadual de Transplantes, Dr. Douglas Teixeira.

    O coordenador da CET, explica que a pandemia de covid-19 obrigou todos os serviços de saúde a concentrarem os esforços disponíveis ao combate da doença. Isto refletiu negativamente no processo de doação de órgão e transplante no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Por isso, é preciso que a população se conscientize da importância desse ato de solidariedade e avise aos seus familiares.  

    “Se você quer ser doador de órgãos, avise sua família. No Brasil, a doação de órgãos só é realizada mediante autorização familiar, de acordo com a legislação, sendo essa a única maneira legal de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada”, enfatizou.

    Mais que um ato solidário, a doação é uma forma de amar - Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de um novo órgão.

    Para o seu Claudenilton Caetano, que é transplantado renal, a sua esperança de recomeço estava bem ao seu lado, pois a esposa foi sua doadora.

    “Faz mais de 10 anos que precisei desse transplante e minha esposa foi minha doadora viva, o médico realizou a avaliação do histórico clínico, a compatibilidade sanguínea, entre outros testes especiais para selecionar ela”, explicou.

    O transplante foi realizado em Fortaleza, e desde então tanto o seu Claudenilton Caetano, quanto sua esposa realizam acompanhamento na Central Estadual de Transplantes e no serviço transplantador.

    O desejo de apoiar futuros transplantados e incentivar doadores foi tão grande que em 2018, o casal fundou a ASTRAR (Associação de Transplantados e Amigos do Estado de Roraima).

    “Quando descobri a doença renal crônica, sofri bastante, mas graças a Deus e a minha família que sempre esteve comigo, eu venci essa batalha, por isso esse mês de setembro é tão importante pra reforçar a doação de órgãos. E é por isso que eu digo: converse com seus familiares e diga que você quer ser um doador, tanto a ASTRAR quanto a Central então aqui para dar todo o apoio a quem precisa”, enfatizou.

    A Central está de portas abertas para quem tiver interesse em saber mais sobre a doação de órgãos – A Central Estadual funciona em conjunto com as comissões intra-hospitalares de doações de órgãos.

    No Estado essa comissão é composta por médicos do Hospital Geral de Roraima e Hospital da Criança Santo Antônio, que são os hospitais notificadores e captadores, com a coordenação e monitoria de todo o processo pela a Central Estadual de Transplantes do Estado de Roraima que integra o Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

    As Centrais Estaduais, integradas ao SNT realizam todo o acompanhamento, distribuição, avaliação e logística para que o órgão possa ser transplantado. “Quem tiver interesse em saber mais sobre o tema e tirar dúvidas pode procurar a equipe da Central na sede que está sempre de portas abertas para receber a comunidade e falar mais sobre esse tema tão importante”, finalizou o coordenador.

    As atividades funcionam anexas ao prédio do TFD (Tratamento Fora de Domicílio), localizado Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 1364/2, Bairro Aeroporto, o atendimento ao público é realizado de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h.

ASCOM/SESAU
27.09.2021